A Mãe Igreja celebra, dia 30 de setembro, a memória de São Jerônimo, o primeiro grande tradutor da Bíblia. Ele viveu entre os séculos IV e V, tendo nascido na Dalmácia em 340 e falecido a 30 de setembro de 420, em Belém, na Terra Santa.
Indo estudar em Roma, quando jovem, aproximou-se dos cristãos daquela cidade sede do Apóstolo Pedro, converteu-se ao cristianismo e se dedicou a pesquisar as Sagradas Escrituras. Grande inteligência e versátil em línguas, aprendeu os idiomas bíblicos para melhor entender o real sentido de cada texto. Destacou-se como exegeta, filósofo, teólogo, gramático, historiador, místico, santo. Por isso, hoje, é honrado com o título de Doutor da Igreja.
Em 379 foi ordenado presbítero e recebeu do Papa Dâmaso (366-384) a incumbência de traduzir a Bíblia para a língua latina, idioma oficial da Igreja e muito conhecido na época.
Ele transferiu-se para a Terra Santa, vivendo por todo o resto de sua vida numa gruta em Belém, e ali prosseguiu no trabalho solicitado pelo Sucessor de Pedro. Sua tradução, conhecida como vulgata, é básica para todas as demais traduções na Europa, América e os demais continentes do mundo.
O dia de sua páscoa definitiva, 30 de setembro, hoje é conhecido como o Dia Mundial da Bíblia e no Brasil, faz 50 anos, todo o mês de setembro é dedicado à Bíblia, tendo a cada ano, um tema especial a ser estudado, assimilado e vivido.
Desde o século XIX, mas sobretudo depois do Concilio Ecumênico Vaticano II (1962-1965), o movimento bíblico tem se desenvolvido imensamente entre os católicos.
São Jerônimo deixou uma eloquente frase, hoje conhecida e amada por todos os cristãos: “Ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo”.
Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora